Um dia conheci um homem. Atraente, charmoso.... Bonito!
O via sempre e nem sabia seu nome.
O seu jeito me agradava, sei lá, me identificava com aquela figura.
Nem sabia o que ele fazia, tampouco me interessava.
Ele era só um homem interessante.
Um dia conheci realmente este homem.
Que decepção!
Quando o conheci era só mais um homem bonito e atraente que entrava em
minha vida
Sou dada a atrações fatais, mas ele não significou nada para mim,
naquele momento.
Cheguei até a pensar nele como uma pessoa boçal, terrivelmente exibido e fútil.
Eu o procurei por indicação de quem confio muito e disse que ele gostava de desafios.
Me senti também desafiada.
Tantas vezes quis fugir daquela pessoa tão desagradável e completamente diferente de mim.
Com
seus gestos contidos e manias de grandeza.
Prolixo e me
sugerindo lençóis de trocentos mil fios, camisolas de seda e tantas
outras bobagens dessa natureza.
Uma mala sem alça!
Que sensação desagradável saber-me tão simples frente aos seu requintes...
Mas
fui em frente, minha couraça era impenetrável e durante muito tempo,
aquele homem foi por mim analisado e desafiado, um objeto de estudo
fascinante.
Lendo alguns belos e sensíveis poemas que escrevia, não podia acreditar ser
mesmo daquele homem a autoria daqueles textos.
Mas eram!
Descobri mais coisas nele. Além de só talento pra escrever, ele tem sentimentos.
Uma bela alma de poeta. Uma alma sofrida e que batalha também.
Recentemente descobri que ele é profundamente eu.
Temos muito em comum e isso me deu um medo danado.
Minha
couraça trincou, rachou e agora estou em suas mãos.
Com medo de ser pega pelo seu
poder de persuasão.
Tudo que eu digo que tenho certeza e quero, ele tem sempre uma carta na manga para me dissuadir.
Medo de arriscar por minhas emoções descontroladas e desistir.
Das besteiras.
Será? São mesmo só besteiras?
É o seu trabalho. Brilhante, Joca!
Pena que eu seja uma pessoa tão difícil e desagradável.
Mas vou tentar ser menos prepotente e arrogante.
Simbora e em frente, até o fim!
Infelizmente ainda tenho muito chão para andar... (Penélope Freitas)
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