quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Hoje é noite de Natal

Poema de Natal
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos…
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente. (Vinícius de Moraes)

E esta foi a  noite que comemoramos o nascimento de Jesus! Jesus nasceu e nos trouxe um presente lindo. Um verdadeiro milagre de Natal. Tivemos a graça de ter a nossa amada mãe conduzindo a oração. Completamente lúcida, orou agradecendo a Deus por ter todos os filhos, netos e bisnetos em volta da sua cama, e como se fora uma despedida, nos deu mais uma lição de amor.
Obrigada Jesus por termos tido a imerecida graça de nos despedirmos, todos juntos em oração, daquele Espírito iluminado que anima o corpo de nossa mãe.
Vá em paz mainha, Papai do Céu te chama. Não sabemos quando, mas sentimos que são horas de adeuses!
Obrigada por nos amar tanto. (Penélope Freitas)

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