só cinzas. Fria e morta,
não estou!
De repente, acordo ardendo em desejos, ardentes desejos!
Do fogo que já não mais existia.
E penso em quem seria o autor dessa façanha.
Não queria mais tanta sanha.
Que devora, que lateja, o quente escorre do ventre, que já não ardia.
Penso que não haverá mais paz, no que jazia.
Quem domará agora o que devora o ventre que agora acorda?
Deliro solta, louca sem freios, envolta em chamas do fogo intenso.
Consumado o desejo de ter e de ser.
Apenas um corpo satisfeito em outro refeito,
num emaranhado de sentimentos confusos.
Confusos e insatisfeitos.
Estou viva, eis a prova...
Viva, sedenta de amor.
Só, isso eu sei.
(Penélope Freitas)
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