quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O QUE TODOS SABIAM... MENOS EU

Coisinha difícil é isso.
Saber que é louca e ter sonhos sãos.
Loucos não sonham, alucinam-se
Meus sonhos são tangíveis
São metas reais, não quero ir além
Sei das minhas limitações
Sei que falho, sei que não sou Deus
Mas para o mundo... sou louca
A loucura é santa
Surtar, alienar-se é divino
Não se sofre, não tem nada a se questionar
Quando se é louco e são é diabólico
Duas forças contrárias partindo ao meio
E a gente já não sabe quem é
E é difícil saber o que fazer
Melhor seria nem ter nascido
que conviver com duas realidades opostas
Sonhos que não podem ser
Alucinações que não são reais
Quem sou eu afinal?
Aceitar que sou uma em dois
ou duas em um
Dia de cão, vida de cão
Nunca vou ser uma só
Constância, rotina, equilíbrio, estabilidade.
Nunca serei estável
Pensei em uma solução.
Fazer tudo que é certo na hora
não deixar nada para depois
Depois pode não ser mais certo
No dia seguinte pode ser a apatia e o desânimo
o pessimismo, o nada
Ainda bem que ainda não conheci a doida de pedra, a devassa
a inconveniente, a desgovernada.
Essa sim me mataria de vergonha!
(Penélope Freitas)



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