terça-feira, 25 de novembro de 2014

Tempestades, Relâmpagos e Trovões...

Tempestade Noturna
Noite alta,
na soçobrante Nau exposta aos quatro ventos,
em pleno céu sulcado de relâmpagos,
os marinheiros mortos trovejam palavrões.

Ó velhos marinheiros meus avós…
para eles ainda não terminou a espantosa Era dos Descobrimentos!
Santa Bárbara
e São Jerônimo,
transidos de divino amor,
escutam suas pragas como orações.

Quando eu acordar amanhã, livre e liberto como uma asa,
vou rezar a São Jerônimo
vou rezar a Santa Bárbara
por este nosso fim de século – pobre Nau perdida no nevoeiro -
que em vão busca o rumo
das eternas, das misteriosas Américas ainda por descobrir! (Mário Quintana)


Uma nau exposta aos quatro ventos,
Sem capitão e à deriva, 
Enfrenta agora uma tempestade.
Nada mais há a descobrir,
Ó pobres jovens marinheiros
Não lhes faltam a fé nem o otimismo,
Mas a mãe a quem deviam rogar.
Já não é a Santa Mãe que os protege.
Rezem meninos marinheiros, 
Busquem outras Santas e Santos.
Que esta que um dia os guardou,
Não pode mais lhes mostrar o rumo,
Para livra-los do denso nevoeiro. 
Queria acordar amanhã e ver que tudo passou.
Que minha nau e os marinheiros,
eram só os meus brinquedos.
(Penélope Freitas)





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