sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Minhas máscaras

Noite de Saudade

"A Noite vem poisando devagar
Sobre a Terra, que inunda de amargura ...
E nem sequer a bênção do luar
A quis tornar divinamente pura ...

Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura ...
E eu oiço a Noite imensa soluçar!
E eu oiço soluçar a Noite escura!

Por que és assim tão escura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó Noite, em ti existe
Uma Saudade igual à que eu contenho!

Saudade que eu sei donde me vem ...
Talvez de ti, ó Noite! ... Ou de ninguém! ...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!!" (Florbela Espanca)


Dias são máscaras de fortuna
Horas de desfaçatez
No escuro da noite, escura e só,
A cara limpa e molhada já não pega a cola
Ninguém há mais para enganar.... (Penélope Freitas)

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