sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

SOBREVIVENDO COM MEUS PERSONAGENS

 

A vida pra mim é um teatro sem fim onde represento milhões de personagens.
Ninguém me conhece, ninguém sabe de mim!
Só eu sei o que gosto, o que sinto, o que penso.
Não me mostro a ninguém.
Nem aos meus mais íntimos amores me mostrei.
Me escondo de todos e até de mim.
Por vezes, até eu acredito em alguns dos meus papéis.
Para me manter viva, eu acredito neles.
Luto para manter vivos alguns deles.
Eles me ajudam, são minha fonte de força.
Hoje me despi de todo eles.
E não foi apenas no meu quarto para dormir.
Tirei toda a maquiagem e o figurino da alma.
Fiquei de cara lavada diante de alguém. Sem nenhuma máscara.
Penso que agora, realmente comecei o meu processo.
Fácil tirar a roupa do corpo e exibir a nudez da carne
Nada é mais íntimo que mostrar a alma nua.
E finalmente eu consegui.
Não posso fugir agora.
Por mais penoso que seja para mim.
Sei que vou passar por momentos terríveis.
Mas vou em frente.
Meu adestrador agora é meu algoz
Mas é preciso ser assim! (Penélope Freitas)

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