Muitas são as pessoas que não gostam de falar sobre a morte. Acham mórbido, de
mau agouro, que atrai maus fluidos, más energias e outras coisas do gênero.
O
fato é que a morte é a única certeza que temos nesta vida e não devemos vê-la
como um tabu que não se pode falar e nem pensar.
A meu ver, devemos encarar a
morte como um acontecimento natural, pois tudo que tem vida um dia perecerá,
quer falemos ou não; quer pensemos ou não, fatalmente um dia passaremos por esta experiência.
Preparamo-nos para viver, mas
não nos preparamos para morrer. Isto é um paradoxo, sonhamos e fazemos
planos que não sabemos se conseguiremos realizar, pois não sabemos se viveremos
para por em prática todos os sonhos e planos. Ninguém sabe o dia que transporá
a porta para a outra vida, ou para o nada, para quem é materialista!
O que
estou querendo dizer é que a morte faz parte da vida e como tal deve ser
encarada com naturalidade e não como uma subversão à natureza.
Ao engravidar, a mulher desconhece muita coisa do ser que está gerando. Quem será, como será, se nascerá perfeito. A única certeza que se tem é que aquela criança terá que sair do seu corpo de qualquer maneira. E quando nasce, a mãe vive uma espécie de luto nos primeiros dias. Isso é normal!
E o nascimento já era esperado e desejado. A mãe fez enxoval, preparou com todo o cuidado o cantinho do bebê, falou dele, pensou seu nome, conversou com crianças sobre o nascimento, falou da vida que estava chegando.
Do mesmo modo, deveríamos falar
de morte com os pequenos, tal qual falamos de vida, assim criaríamos uma
geração mais consciente e mais preparada para o enfrentamento dos diversos
lutos que não podemos evitar.
Quando se trata da passagem de um ente querido, a
morte é especialmente dolorosa, mas se estivermos preparados e nos
conscientizarmos que é uma lei natural, ao invés de nos acharmos indestrutíveis
e que nunca ocorrerá conosco, não seremos pegos de surpresa, não ficaremos
desnorteados.
A saudade sim, sempre vai existir, mas o desespero e a inconformação não fará parte do nosso sofrimento!
(Penélope Freitas)
A saudade sim, sempre vai existir, mas o desespero e a inconformação não fará parte do nosso sofrimento!
(Penélope Freitas)
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