sábado, 10 de janeiro de 2015

MAUS PRESSÁGIOS



 

É madrugada, todos dormem quem sabe o sono dos justos.
Como gosto dessa calmaria, desse estado de total solidão!
Um total encontro comigo mesma e meus mais íntimos sentimentos.
... ... Segredos inconfessáveis até mesmo para mim... Será?
Ou estou querendo negá-los? Fica a pergunta no ar...
Primeiras semanas de um ano novo; quando desejei para todos muita paz!
E para mim? Onde está a paz que desejei de todo o meu coração?
Vejo no horizonte, a aproximação de grandes tempestades, tormentas mil se apresentam para este ano em minha vida.
Onde estará a calmaria que há tempos me acompanhava?
Pressinto que não mais a terei, me abandonou, fugiu de mim e os prognósticos são de "onde anda você"?
O que mudou? Ou o que mudou em mim? Lembranças eclodiram por contemplar sintomas ou mudanças que queria que fossem minhas? Será que me deixei contagiar pelo vírus da doença ameaçadora e encantadora? Como conseguir ficar imune outra vez?
Nada planejado, tudo aconteceu sem que me desse conta, por isso não sei como voltar para o estado anterior. Não sei qual a vacina que tomei, não sei quais os cuidados que tive para me tornar imune a esta patologia. Mas sinto que estou sem defesa alguma e isso é muito arriscado.
Pessoas vulneráveis são vitimadas aos milhares, não posso estar entre estas estatísticas.
Penso que devo estar exagerando... Olha a negação outra vez... Não, não estou exagerando, estou sim, sentindo algo diferente, uma intranquilidade, que há muito não sentia, uma inquietação que me diz que algo mudou. Sensibilidade aflorada grita que "tenha cuidado"!  Armadilhas no meu caminho. Delírios, alucinações, anorexia, hiperacusia, ataxia, acatisia, sudorese, taquicardia, todos esses são os efeitos colaterais que costumo sentir quando caio em uma armadilha dessas, que o destino me prepara. Tomara que demore bastante para acontecer de novo! ( Penélope Freitas)

Nenhum comentário:

Postar um comentário