quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sem Príncipes nem castelos


Sinto -me agora nua e desprotegida.

Penso em tempos de casulos e existências mortas.

Disseram - me que estaria segura.

Que dois pilares sustentariam meus medos e incertezas.

Se minha alma agora quer alçar um novo voo, devo seguir?

Quisera poder voar acima dos altos penhascos, como a águia que trago no pulso!

Totalmente renovada, revigorada, sedenta de vida! Mais uma vida.

Quisera acreditar que não preciso de armaduras ou amarras! Mas como saber se minhas asas estão prontas para voar?

Preciso ir ao fundo. Vencer os obstáculos que me paralisam.

Só chegando ao fundo, chafurdando na lama de minhas lembranças e receios.

Nada é mais belo e aterrorizante que uma volta aos tempos em que fui eu. Apenas eu!

Sou intensa, despudoradamente sem rédeas nem freios.

Decidi domar a fera, serei de novo eu, sem príncipes ou castelos. Desta vez me deixarei conduzir sem sonhar.

Nada pode brilhar mais que a realidade... Apenas uma pequena luz para que enxergue o caminho. (Penélope Freitas)

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